domingo, 28 de novembro de 2010

Ford Fusion com motor elétrico

A Ford é a segunda fabricante a trazer um carro híbrido, que combina motor a gasolina e elétrico, ao Brasil. Para estrear a tecnologia 'verde' em território nacional, a marca escolheu o sedã de luxo Fusion, modelo consagrado nos Estados Unidos e por aqui, mercado que ele lidera com folga. A novidade já está nas lojas, em uma única versão, por R$ 133.900, o que faz do sedã, por enquanto, a opção híbrida mais "em conta" no país. O Mercedes-Benz S400 Hybrid, vendido desde maio deste ano, custa US$ 253 mil -pela faixa de preço, não é concorrente direto do Fusion. O novo modelo rivaliza com outros sedãs de luxo de mesmo porte (veja tabela abaixo), mas sem a mesma tecnologia.

Apesar de ser mais viável, a versão ecológica custa R$ 48.740 a mais do que o modelo de entrada, oferecido por R$ 85.160, e é R$ 26.540 mais cara que a configuração V6, que traz motor mais potente a combustão e pacote de série próximo ao do Hybrid. Diferente da opção convencional, há o motor e um gerador elétrico, uma bateria de níquel metal, localizada atrás do banco traseiro do carro, uma nova transmissão automática continuamente variável, ar-condicionado elétrico, sistema de integração e airbag para joelho do motorista, num total de sete bolsas infláveis.

O motor 2.5 da versão híbrida é irmão do que equipa o modelo somente a gasolina, mas tem menos potência (são 158 cavalos ante os 173 cv do bloco convencional) e torque menor (18,04 kgfm, contra 22,9 kgfm). No entanto, no uso combinado com o propulsor elétrico, o carro pode atingir 193 cv de potência que, segundo a fabricante, permitem a aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 9,1 segundos, o mesmo desempenho de um Mini Cooper, que é equipado com motor 1.6 de 120 cv, mas pesa 547 kg a menos.

O isolamento acústico também sofreu alterações e está melhor. Ao girar a chave, a ausência de barulho dá a sensação de estarmos a bordo de um veículo totalmente elétrico. O condutor só tem certeza que o carro está ligado por causa do ponteiro do conta-giros, que "dá" sinal de boas-vindas, e o sistema de interação, apelidado pela Ford de SmartGauge, que mostra a carga da bateria e qual propulsor está trabalhando. Durante a condução, o motorista pode medir sua eficiência por um gráfico localizado em uma tela de 4.3 polegadas, no canto esquerdo do quadro de instrumentos. Quanto mais folhas surgem na tela, mais econômica está sendo a viagem.

Ao sair com o veículo, entra em ação apenas o propulsor elétrico, que pode conduzir o carro até os 75 km/h. É o motorista quem dá o aval para o motor a combustão entrar em ação, de acordo com a intensidade da pisada no acelerador. A força na frenagem também influencia diretamente no sistema híbrido do Fusion, já que os freios são regenerativos e recuperam até 94% da energia gasta para recarregar as baterias. A carga é feita também pela energia resultante do processo de combustão do motor a gasolina. Ou seja, dispensa o uso de tomadas.
De acordo com a fabricante, o consumo de combustível do Hybrid é de 18,4 km/l na estrada e 16,4 km/l na cidade. O gasto é 9% inferior ao do Ford Ka 1.0 (19 km/l e 15 km/l) e até 52% menor do que o Fusion convencional, segundo os dados da fabricante. Além do motor elétrico, os números devem ser atribuídos à nova caixa CVT que comanda as trocas do motor elétrico e a combustão de forma eficaz e mais macia, quase imperceptível.

Mesmo com a redução considerável no gasto com combustível, o Fusion Hybrid ainda pesa no bolso. A marca sabe que isso vai pesar na decisão de compra do consumidor e aposta suas fichas em pessoas que pagam qualquer preço por novas tecnologias e empresas que levantam a bandeira da sustentabilidade.

Fontes:

> http://estadao.br.msn.com/video/default.aspx?cp-documentid=dbc6b579-3d57-48f7-b2a8-7d9e51e3d10d

> http://g1.globo.com/carros/noticia/2010/11/primeiras-impressoes-ford-fusion-hybrid.html

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