O cimento é feito com cânhamo, cal e água/Fotos: Inhabitat
O produto, desenvolvido e comercializado na Europa, é fabricado pela Tradical e deve desembarcar ainda esse ano nos Estados Unidos sob forte esquema de fiscalização e um custo bastante salgado. A causa disso tudo, é um dos materiais presentes no cimento – o cânhamo, uma fibra extraída da planta Cannabis.
Apesar de serem da mesma família, o cânhamo possui um teor de THC muito inferior ao da maconha. Ainda assim, sua produção é proibida em muitos países e os que toleram seu cultivo (como China, Canadá e alguns países da Europa), o fazem de forma estritamente controlada.
O cânhamo, fibra extraída da planta Cannabis, sequestra o carbono durante seu crescimento
Segundo dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), para cada tonelada de cimento produzido sobra para a atmosfera 1 t de CO2. Os dados ainda afirmam que a indústria cimenteira é responsável por 7% das emissões de gás carbônico no mundo.
A proposta da Hemcrete é fazer um trabalho melhor e menos agressivo que o concreto tradicional. Os seus fabricantes garantem que o material, que pode ser utilizado em diversas etapas da construção, desde isolamento de telhados até a pavimentação do local, é impermeável, à prova de fogo, bom isolante térmico, não apodrece (quando usado acima do solo) e é totalmente reciclável.
Os benefícios ambientais estariam no saldo de gases emitidos ao longo de todo o processo de cultivo, fabricação e utilização do produto. Segundo os produtores, o Hemcrete é capaz de absorver 110 kg de CO2 por cada m3 de parede construída – tudo graças à planta, que sequestra o gás durante seu crescimento. Eles ainda afirmam que, em caso de demolição, o material pode ser utilizado como fertilizante.
O material pode ser usado em diversas partes da construção
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/noticias/empresa-desenvolve-cimento-que-201csequestra201d
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